Processos de formação docente inicial em contextos multiculturais: inclusão e exclusão
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Resumo
Apresenta-se visão crítica da formação inicial docente em contextos multiculturais; discute-se a respeito da possibilidade da existência de uma relação intercultural entre duas sociedades em que se manifesta uma aberta hierarquia entre ambas. Sustenta-se que os resultados deste tipo de inter-relação se comunicam, senão excludentes em suas origens; é importante que tal fenômeno seja considerado na formação de professores, onde se incuba a possibilidade de transformação social. Trata-se de gerar profunda discussão epistemológica que situe o paradigma da ciência ocidental e seu principal agente reprodutor – o sistema educativo – em similar nível de prestígio que os paradigmas de conhecimento indígena e suas formas de ensiná-lo. Ao observar este fenômeno em sua origem: a formação inicial de professores em um contexto territorial de permanente relação entre culturas diversas, viabilizando esclarecer sobre a possibilidade de, efetivamente, formar professores(as) para uma educação ou, em menores proporções, que possuam as competências para implementar uma educação contextualizada em que a origem dos estudantes sejam consideradas, ou que, no mínimo, possam conhecer como se conhecem os portadores de saberes tradicionais cujas origens paradigmáticas se assentam em um mundo pré-colombiano totalmente alheio aos sustentos da ciência ocidental.